Em sua segunda temporada no futebol europeu, Lucas continua sendo lembrado com carinho pelos torcedores do São Paulo. E, segundo o jogador, esse sentimento é recíproco. Ainda muito identificado com o clube do Morumbi, o meia-atacante do Paris Saint-Germain não poupa palavras para elogiar o ídolo Rogério Ceni e acredita que o elenco deve ao goleiro um título para marcar sua despedida dos gramados. O Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana são os dois últimos torneios da carreira de Ceni.
- A equipe ainda tem tempo para consertar os erros e crescer na temporada. A competição é longa, então eles podem buscar o título (do Brasileiro) para dar de presente para o Rogério Ceni, ele merece por tudo que fez por esse clube. Tem a Sul-Americana também. O importante é que ele levante mais uma taça - diz Lucas.
Revelado no São Paulo, onde teve uma ascensão meteórica, sendo vendido por mais de R$ 110 milhões, o jovem de 22 anos diz que não se considera um dos grandes ídolos da história do São Paulo. Mas admite que sonha voltar ao clube no futuro.
- Converso com meus amigos que estão no grupo e ainda percebo esse carinho dos torcedores comigo, principalmente nas redes sociais. Eu não me considero um ídolo, fiquei pouco tempo, mas agradeço muito a Deus por ter tido essa oportunidade. Um dia quero voltar a vestir aquela camisa.
Lucas Moura hoje defende o PSG, da França (Foto: AFP)
O confronto entre os líderes do Brasileirão, que terminou com vitória do tricolor paulista em cima do Cruzeiro, por 2 a 0, confirmou a condição do time de Muricy Ramalho como candidato ao título. Para Lucas, a tarefa é difícil, mas não impossível. De olho no São Paulo durante os períodos de descanso na França, o jogador vê o grupo formado por Ganso, Pato, Kaká e companhia muito bem entrosado e com qualidade para seguir na caça ao Raposa (a diferença na tabela é de sete pontos).
- Acredito que a chance de buscar esse título do Brasileirão realmente existe. É verdade que o Cruzeiro está muito bem, uma equipe pronta, muito bem montada, com excelentes jogadores. Mas o São Paulo também está muito forte, não só no papel, dá pra ver dentro de campo. São jogadores de muita qualidade que estão se encaixando.
* Igor Rodrigues, estagiário, colaborou sob supervisão de Juliano Costa
